Qualidade de Vida: Os tempos mudaram

Qualidade de Vida: Os tempos mudaram! Nós cinquentonas (e até as quarentonas e trintonas podem ter sido vítimas), fomos criadas dentro de padrões tradicionais, radicais, ultrapassados e falidos.

Puxa! Forte, mas, muito real e verdadeiro. O mais difícil, é conseguir se livrar totalmente do “ranço” que estes mitos deixaram na gente! Os contos de fadas então; eram fábricas de sonhos frustrados! Neles o amor e o bem tornavam as pessoas indestrutíveis, tudo se resolvia com lágrimas, ratinhos e príncipes encantados. As séries da televisão retratavam famílias felizes, filhos sem traumas, não havia traição, desemprego, mau humor, problemas sérios, doenças incuráveis, etc. As mulheres dormiam e acordavam penteadas e com delineador, tinham uma penca de filhos, almoçavam, jantavam, lanchavam, tomavam um senhor café da manhã e estavam sempre insuportavelmente magras! As moças de famílias mais abastadas freqüentavam colégios tradicionais e economia doméstica, ou seja, como se transformar em uma mulher maravilhosa, surda e cega, fazia parte do currículo escolar, bem como muitas vezes, corte e costura, culinária, e, lógico, trabalhos manuais. Nos colégios estaduais, uma das funções da associação de pais e mestres era passar um pouco destes valores para as mocinhas menos favorecidas. Assim levávamos histórias e séries mirabolantes como exemplo de relacionamentos, referenciais de realidade e felicidade. Amiga... Hoje; Branca de Neve seria presa como depravada e por se aproveitar de sete aposentados inocentes, Cinderela iria ficar sem sapatos mesmo, Bela Adormecida iria tomar Lexotan ou Fluxetina para curar a depressão. E... “Senhor” Peter Pan, eu não me esqueci de você não! Com certeza numa das voltas da Terra do Nunca, entraria pela janela e pegaria a Wendy transando na cama com algum colega da faculdade! Se vivêssemos a partir destes exemplos de valores e referenciais que nos foram passados como perfeitos, seriamos totalmente frustradas e passaríamos a vida inteira procurando um príncipe encantado e um final feliz sem encontrar. O problema é que de vez em quando, esbarramos com uma abóbora, um príncipe encantado que vira sapo e percebemos que ainda carregamos um pouco de tudo que nos foi passado. O mesmo aconteceu com falsas regras de educação que muitas vezes nos empurram para atitudes omissas, fracas e derrotistas. Exagero? De forma alguma. Quem não se lembra do não pegue o pedaço maior que é feio, não repete que não pode, quem pega o último não casa? Se fosse feio pegar o pedaço maior, ele não seria servido, se não pudesse repetir não ofereceriam e nem vamos falar da “outra máxima”! Gente, qual a ética e o valor moral que pode ser quebrada em repetir um doce gostoso? São muitas preocupações fúteis e tolas que podem contribuir para gerar um adulto derrotado e medroso. É preciso questionar para vencer e ser feliz. Não basta ter frases bonitas para tudo, acreditar em tudo o que se fala, é preciso viver, andar no território, sair do mapa, conviver e observar o que se passa na realidade verdadeira e atual. Não permita que ninguém escreva o roteiro da sua vida, faça acontecer, sinta o sabor de vencer com os próprios pés. Nada como errar sozinha, solucionar e vencer sozinha. Faz parte da vida, de saber curtir, escolher e viver. Acredite no seu coração e não se esqueça de “trocar uma idéia” com sua razão. Beijos!!!!!!